Do mundo ocidental ao oriental
Nosso primeiro contato com o mundo ocidental foi em Istanbul, mas depois que chegamos na India, percebemos que ainda não havíamos tido contato com a cultura oriental.
Aqui você chega no caos, essa é a principal sensação. Tem muita informação e pessoas para todos os lados. Inclusive nas pessoas tem muita informação, é a roupa colorida, os lenços ainda mais coloridos, o terceiro olho na testa, o brinco no nariz, as pulseiras que cobrem todo o antebraço, o desenho de henna nas mãos, anéis, colares e mais brincos. É lindo.
Logo no aeroporto de Delhi, já me surpreendi com a India, isso porque, de São Paulo para cá são 10 horas e MEIA de fuso. Eu não sabia que era possível ter meia hora de fuso. Foi difícil explicar isso para o dual time dos nossos relógios.
Apesar de passarmos por Delhi, nosso primeiro contato verdadeiro com a India foi em Amritsar, cidade do Golden Temple (Templo Dourado).
Chegamos do aeroporto para o hotel com aventura. Nosso taxista que parecia ter 16 anos, não sabia onde era o hotel, o que nos proporcionou um tour de carro pela cidade e um contato muito próximo, mesmo, com o trânsito da India.
Descrever o trânsito daqui não é fácil, mas imaginem uma rua de mão dupla, coloquem nessa rua, carros, bicicletas, carroças, motos, tuctucs, cavalos, cabras, cachorros, gatos, vacas e pedestres lutando ao mesmo tempo pelo mesmo espaço. Você imaginou uma rua com duas faixas? Não. É tudo isso em apenas uma faixa cercada de casas de cimento, altas e coladas umas nas outras. E o barulho? Buzinas para todos os lados.
Saímos desse caos e chegamos ao hotel, ao lado do Golden Temple que fomos conhecer na sequencia. Só podíamos entrar descalços, com o cabelo coberto e passando por um lavapé em que milhares de pessoas não só lavam os pés como bebiam da água. Eu e o Igor só lavamos os pés.
O Golden Temple, também conhecido por Harmandir Sahib, é incrível. Uma estrutura dourada no centro de uma piscina sagrada enorme, dentro de muros brancos inteiro trabalhados. Um mantra com uma trilha sonora no fundo nos acompanha durante todo o passeio.
Pessoas também nos acompanham, algumas falam apenas “Hello”, outras querem conversar para entender de onde somos, outras querem tirar fotos conosco e outras simplesmente pedir dinheiro.
Depois de um tempo andando ao redor do templo resolvemos entrar. Lá dentro, algumas pessoas tocavam cítara e um homem recitava o mantra, ou seja, tudo aquilo que estávamos escutando, era ao vivo, o que tornou aquela melodia ainda mais linda.
Sentamos por cerca de 20 minutos lá dentro, dessa forma conseguimos absorver um pouco mais de toda aquela informação que estávamos recebendo. As paredes e teto eram muito coloridos, alguns pintados e outros trabalhados com o ouro. Um lustre enorme ficava no centro do templo e em cada uma de suas janelas, havia uma pessoa.
O templo foi construído em 1574, para que homens e mulheres, de todas as religiões, tivessem um espaço para adorar a Deus.
Foi uma experiência incrível o meu primeiro templo. Agora é hora de estudar um pouco mais sobre a religião para entender, ou pelo menos tentar entender, tudo que acontece ali dentro.
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