No jardim do Taj Mahal
Estávamos ansiosos para conhecer o Taj Mahal. Alguns dias antes, essa ansiedade já dava sinal de vida, e em Jaipur mal conseguíamos esperar para chegarmos em Agra. Qual será a sensação de estar em uma das 7 maravilhas do mundo moderno?
A ansiedade era tanta que não conseguimos esperar até o dia seguinte, e já no primeiro dia de Agra demos um jeito de achar um lugar onde conseguíssemos vê-lo ao longe.
O Taj Mahal é um mausoléu gigante, construído em 1652 pelo imperador Shah Jahan em homenagem a sua esposa favorita. Foi construído logo acima do seu túmulo sobre as margens do Rio Yamuna e por isso, é considerado uma das maiores provas de amor do mundo. Além disso, é uma ilha do mundo muçulmano em um país essencialmente hindu. A prova disso, são as diversas inscrições talhadas no mámore entrada principal. Todas elas foram tiradas do Corão.
Chegamos por volta do meio dia, e quase caímos de costas com o tamanho da fila e quantidade de gente. Desesperados e achando que levaríamos algumas horas pra entrar, descobrimos que turistas estrangeiros tem total preferência lá. Não pegamos filas nem para comprar nem para entrar e em menos de 20 minutos já estávamos passando pelos primeiros portões. Ao longe, depois de jardins e espelhos d´água, estava o Taj Mahal flutuando em um céu azul pastel.
Entre empurrões, cotoveladas e grupos de turistas, e depois de achar um casal com boa vontade, conseguimos achar um canto para tirarmos uma foto.
Cruzamos os jardins em direção a contrução principal, e fomos desviando das pessoas, fugindo de indianos pedindo para tirar fotos com a gente e tentando evitar que pessoas entrassem propositalmente entre nossa câmera e o Taj. Impressionante como os indianos gostam de posar para fotos.
Chegamos no mausoléu cobrimos nossos sapatos, e entramos. O que se seguiu, me fez ter uma certeza: se um dia eu for famoso, me cremem quando eu morrer. Seria impossível qualquer pessoa ter o merecido descanso eterno no meio daquela confusão de turistas gritando e brigando para chegar um pouco mais perto da tumba, dos apitos e gritos dos guardas advertindo que não se pode tirar fotos lá dentro.
Vimos o que tínhamos para ver lá e saímos, incomodados com aquela turba se acotovelando e fomos procurar algum lugar onde conseguissimos relaxar e ficar tranquilos esperando o por do Sol.
Eu não estava me sentindo bem e enquanto tirava uma soneca, a Kris ouvia música e escrevia, tentando digerir tudo o que tinha acontecido até então. No final as contas, tudo o que se passou lá, nos ajudou a entender um pouco mais a Índia. Ficamos ali até o pôr do sol, que chegou mudando tanto as cores do céu quanto a cor do mármore, que passou a ser rosado ao invés de impecavelmente branco.
Resumindo, foi uma experiência diferente do que esperávamos, mas definitivamente tentaremos fazer nossos programas na Índia em horários alternativos.
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