Merhaba
Nosso primeiro destino e já tivemos mudanças “pesadas” de planejamento. Chegamos e fomos comprar nossas passagens para Pamukkale e Capadoccia, mas estava tudo esgotado por causa do Kurban Bayrami, festival importantissimo para o Islamismo.
Isso só serviu para vermos que realmente não adiantava planejar cada detalhe, e passo a acreditar cada vez mais que é melhor nos adaptar ao invés de planejar.
Assim sendo, preferimos ficar em Istanbul por 6 dias a mais do que o planejado e conhecer a cidade de uma forma tranquila, andando sempre que possível.
E foram assim os últimos dias. Andando uma média de 12km por dia, conhecendo os cantos da cidade, aprendendo alguns costumes, tentando ver como a cidade funciona também fora do circuito turístico.
Fomos até a praça Taksim, parte movimentada da cidade que abriga o Monumento a República. De lá partiram diversas manifestações feitas pelo povo turco, que nem sempre terminaram de forma pacífica.
Encontramos em nossas andanças, o atelie e galeria de um senhor turco que falava português muito bem e não cansou de me chamar de “mão de vaca”, por eu não queria comprar uma de suas obras, e confesso que fiquei chateado pois tinham pelo menos 10 que queria levar comigo.
Ele também nos fez pensar que, se não existe uma galeria de arte para exibir as suas obras, crie você mesmo a sua.
Nos perdemos diversas vezes, e nos achamos escolhendo o caminho que descia, pois sabíamos que uma hora ele ia dar no mar Bósforo ou no Golden Horn, e de lá seria só andar costeando o mar em direção ao albergue.
Descobrimos que a cidade velha e a cidade nova se fundem e transformam Istanbul em uma lugar único a ser explorado, com detalhes exclusivos e que merecem toda atenção. É como se houvessem camadas que precisam ser observadas para entender como elas se unem.
Entramos em uma das centenas de cisternas subterraneas de Istanbul, que eram usadas para armazenar a água que era trazida pelo Arqueodutos.
Acompanhamos, 5 vezes ao dia, todos os dias, a chamada feita pelas mesquitas para os muçulmanos rezarem e lembrarem-se que podem e devem ser pessoas melhores a cada dia, e principalmente, tivemos a honra de presenciar a oração em massa feita no Kurban, que fez marejar os olhos. Nesse momento, uma cidade inteira parou. Os únicos que se moviam eram os turistas.
Descobrimos que Istanbul é a cidade dos gatos e inclusive encontrei um deles na minha cama, e vimos que todos os cachorros de rua aqui tem o tamanho de um pônei.
Percebemos que os turcos sentem um orgulho tremendo das guerras que travaram e de terem feito parte do império Otomano, que teve proporções comparáveis ao império Romano.
Estivemos em um prédio que foi Igreja Cristã e virou Mesquita após a tomada de Istanbul pelo Sultão Mehmed II, O Conquistador.
Cruzamos da Europa para a Ásia e depois voltamos para a Europa no mesmo dia, com menos de 10 reais cada um.
Andamos e nos perdemos no Grand Bazar, com suas ruas cobertas que mais parecem um labirinto de produtos, pessoas e barulhos.
Vimos o sol se pôr e destacar um horizonte repleto de mesquitas.
Mas o que mais nos impressionou, foi o resultado de aprender a dizer “Olá” e “Muito obrigado” na língua local, coisa que já me garantiu uns 5 abraços e beijos sinceros, além dos descontos, é claro.
Güle Güle
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