Mergulho em Varadero
Acordamos por volta das 7 horas da manhã para mergulharmos pela primeira vez como casados e em Cuba. Arrumamos nossos equipamentos, tomamos um café da manhã reforçado e fomos ansiosos até a recepção do hotel esperar pela única operadora de mergulho da península, a Barracuda.
Pontualmente as 8:45, um ônibus de turismo local estacionou em frente ao hotel e um rapaz simpático desceu gritando: Buceo, Buceo. Nos identificamos e ele, meio sem graça, nos disse que infelizmente o mar de Varadero estava muito batido por conta de uma tempestade e que teríamos que mergulhar do outro lado da Ilha, no Caribe. Nos entreolhamos por alguns instantes tentando entender o porquê aquela era uma notícia difícil de nos dar, e na mesma hora entramos no ônibus.
Fomos até a Playa Girón, localizada na Baía dos Porcos, região que foi palco da frustada tentativa de Invasão dos Estados Unidos em 1961. O objetivo da Invasão da Baía dos Porcos foi derrubar o recém-formado governo comunista de Fidel Castro.
Atualmente, a região é muito explorada por mergulhadores uma vez que a atividade pode ser praticada em toda a extensão da praia, sem precisar de um barco. Ou seja, basta alugar um cilindro na própria rodovia, escolher um ponto e se jogar no mar azul turquesa.
Mergulhamos 2 dias seguidos, um total de 4 imersões com perfis muito similares. Você tem a sensação de estar entrando em uma piscina com aproximadamente 3m de profundidade, muitos peixes e corais, e como pano de fundo temos a areia branca do Caribe.
Conforme vamos nos afastando da costa, a profundidade vai aumentando, assim como a variedade de animais. Encontramos além de moreias, um enorme cardume de lulas.
Com 10 minutos de mergulho, chegamos em um precipício, que eles chamam de Parede. Apesar do paredão chegar a 400 metros de profundidade, nós descemos somente até os 30, sem variação de visibilidade e muito menos de temperatura.
Já escutamos que é perigoso mergulhar no Caribe pois a água é tão cristalina que você não percebe a real distância entre você e o seu dupla e acaba afundando mais do que deveria.
No segundo mergulho, os instrutores nos levavam para conhecer os naufrágios de Playa Girón, todos eles afundados propositalmente por volta da década de 90. A visibilidade permite que vejamos o navio por completo, de proa a popa, um espetáculo a parte para quem gosta desse tipo de mergulho.
Fiz um vídeo mostrando cada etapa do mergulho, vale a pena conferir:
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